Nesta semana, a União Europeia e os Estados Unidos avançaram significativamente na resolução de disputas comerciais, após autoridades do governo do presidente Donald Trump indicarem que a maior parte das tarifas impostas pelos EUA ao bloco não seria suspensa.
Apesar das negociações, ambos os lados mantiveram firmemente suas posições. Os representantes dos EUA insistiram que a União Europeia deveria fazer concessões substanciais e reduzir as barreiras comerciais aos produtos americanos. Por sua vez, os negociadores europeus argumentaram que as tarifas impostas por Washington são injustas e violam as regras da Organização Mundial do Comércio. Uma das principais preocupações da UE são as tarifas sobre aço e alumínio, que, segundo eles, estão prejudicando seriamente a indústria europeia. Também manifestaram apreensão com os planos dos EUA de impor tarifas adicionais sobre automóveis europeus.
Circulam rumores de que o chefe do Comitê de Comércio da UE, Maros Sefcovic, deixou a reunião sem obter clareza sobre a posição americana. Autoridades dos EUA sinalizaram que tarifas recíprocas de 20% — que Trump reduziu para 10% —, bem como outras tarifas sobre setores como o automotivo e o de metais, não seriam suspensas de imediato.
Vale lembrar que a incerteza gerada pelas táticas caóticas de Trump — marcadas por atrasos, recuos, novas ameaças, isenções inesperadas e testes de reação — já impulsionou o euro e enfraqueceu o dólar. Tudo indica que essa tendência deve continuar.
A União Europeia propôs a eliminação mútua de todas as tarifas sobre bens industriais, incluindo automóveis, mas Trump rejeitou a oferta até o momento. Especialistas têm reiterado que, embora o presidente aposte em uma tarifa de 25% sobre veículos e peças importadas para estimular a produção interna, os efeitos podem ser bem menos diretos do que ele imagina.
Em outra frente, no Canadá, o primeiro-ministro Mark Carney afirmou que seu governo permitirá a importação de carros e caminhões fabricados nos EUA sem tarifas, desde que as montadoras continuem produzindo veículos em território canadense. A medida oferece algum alívio na guerra comercial para empresas como a General Motors e a Stellantis, que operam fábricas em Ontário, mas exportam volumes significativos de veículos dos EUA para o Canadá.
Perspectiva técnica para o EUR/USD:
Agora, os compradores precisam se concentrar na recuperação do nível de 1,1420. Só então será possível esperar um teste da resistência em 1,1467. A partir desse ponto, uma alta até 1,1525 pode ocorrer, embora alcançar esse nível sem o apoio dos principais players do mercado seja um desafio. O alvo final está na máxima de 1,1545.
Em caso de queda, o verdadeiro interesse comprador deverá surgir apenas na região de 1,1340. Se não houver movimentação significativa nesse nível, o mais prudente será aguardar um novo teste da mínima de 1,1260 ou considerar posições de compra apenas a partir de 1,1165.
Perspectiva técnica do GBP/USD:
Os compradores da libra precisam retomar o controle da resistência mais próxima, situada em 1,3300. Só então poderão buscar uma aproximação do nível de 1,3345 — uma barreira considerável e difícil de ser superada. O próximo alvo em caso de rompimento bem-sucedido seria a região de 1,3390.
Por outro lado, em caso de recuo, os vendedores (ursos) tentarão reconquistar o domínio sobre o suporte em 1,3250. Se forem bem-sucedidos, uma quebra abaixo dessa faixa representará um revés significativo para os compradores (touros) e poderá levar o par GBP/USD a uma mínima em torno de 1,3180, com potencial de queda adicional até 1,3130.
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