Os mercados acionários dos EUA fecharam em alta na segunda-feira, com o índice Russell 2000 de pequenas empresas atingindo um recorde histórico. O otimismo foi impulsionado pela nomeação de Scott Bessent para Secretário do Tesouro dos EUA, o que ajudou a pressionar os rendimentos dos títulos do Tesouro para baixo.
Os preços do petróleo caíram no meio das negociações de cessar-fogo entre Israel e o Líbano. Isso teve um impacto negativo no setor de energia, com o Índice de Energia (.SPNY) caindo 2%. Os participantes do mercado reagiram ao possível alívio das tensões no Oriente Médio, o que aumentou a pressão sobre os preços do "ouro negro".
Na noite de sexta-feira, o presidente eleito Donald Trump finalmente anunciou seu indicado para o cargo de Secretário do Tesouro, encerrando semanas de especulação. A nomeação de Scott Bessent gerou um grande impacto nos mercados, pois alguns analistas acreditam que ele pode limitar o crescimento da dívida nacional, ao mesmo tempo que cumpre as promessas fiscais e comerciais de Trump.
Especialistas observam que a nomeação de Bessent reduziu a ansiedade dos investidores sobre a possível introdução de novas tarifas, que anteriormente causaram saltos nos rendimentos dos títulos.
"O foco agora está na política comercial. A nomeação de Scott Bessent aliviou significativamente as principais preocupações fiscais", disse James Reilly, economista-chefe de mercado da Capital Economics.
Os mercados continuam a monitorar de perto as nomeações e declarações da nova administração, aguardando mais sinais sobre o rumo da política econômica.
Os principais índices dos EUA terminaram o dia em alta, demonstrando resiliência mesmo diante da maior volatilidade. O S&P 500 subiu 17,81 pontos (+0,30%), fechando o dia a 5.987,15 pontos. O Nasdaq Composite também avançou, subindo 51,50 pontos (+0,27%) para 19.055,15. No entanto, o índice de blue-chips, o Dow Jones Industrial Average, mostrou a maior dinâmica de alta, subindo 439,02 pontos (+0,99%) e alcançando 44.735,53.
A dinâmica na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) foi extremamente positiva: o número de ações em alta foi mais de três vezes superior ao número de ações que fecharam em queda (razão de 3,01 para 1). Além disso, o mercado demonstrou um indicador impressionante de novos recordes - 836, enquanto apenas 40 ações registraram baixas.
O índice Russell 2000 de pequenas empresas reescreveu com confiança seu próprio recorde, atingindo um máximo intradiário de 2.466,49 pontos. O rally foi impulsionado por uma queda acentuada nos rendimentos dos títulos do Tesouro, especialmente nos títulos de 30 anos, que lideraram a queda entre todas as maturidades.
"As ações de pequenas e médias empresas, que estavam nas sombras por um longo tempo, agora estão vendo ganhos sólidos, não apenas por causa das políticas de Trump, mas também pela abordagem de redução das taxas do Federal Reserve", disse Adam Sarhan, CEO da 50 Park Investments.
As promessas de Trump e do Congresso Republicano de criar um clima de negócios mais favorável continuam a alimentar o otimismo dos investidores. As pequenas empresas são particularmente favorecidas nesse ambiente, já que o ciclo de afrouxamento do Fed, iniciado em setembro, ajudou a aumentar sua atratividade.
Enquanto os mercados aguardam a confirmação das principais iniciativas econômicas da nova administração, os resultados até agora sugerem que as pequenas empresas estão entrando em uma nova era de crescimento, tornando-se o foco dos investidores.
Os rendimentos mais baixos do Tesouro ajudaram o setor imobiliário sensível a taxas (.SPLRCR), que registrou fortes ganhos. O Índice Habitacional (.HGX) seguiu o exemplo, registrando um aumento saudável de 4,5%. Essa tendência reflete o crescente interesse dos investidores em setores sensíveis aos movimentos das taxas de juros.
A queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro ajudou o setor imobiliário sensível às taxas de juros (.SPLRCR), que obteve fortes ganhos. O Índice de Habitação (.HGX) seguiu a mesma tendência, registrando um aumento saudável de 4,5%. Essa tendência reflete o crescente interesse dos investidores por setores sensíveis aos movimentos das taxas de juros.
Os mercados continuam aguardando a reunião do Fed em dezembro, onde uma decisão sobre ajustes adicionais nas taxas pode ser tomada. De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, a probabilidade de um corte de 25 pontos base nas taxas é estimada em 56,2%. Os investidores estão indecisos entre as expectativas de uma pausa ou a esperança de uma continuação do ciclo de corte de taxas, o que está criando volatilidade no mercado.
O setor consumidor foi o motor do crescimento, liderado por um ganho de 2,2% nas ações da Amazon.com. No entanto, nem todas as empresas conseguiram agradar aos investidores.
A Macy's desapontou o mercado, caindo 2,2% após adiar a divulgação de seus resultados financeiros do terceiro trimestre devido a problemas contábeis internos. Em contraste, a Bath & Body Works surpreendeu positivamente os investidores ao elevar sua previsão de lucro para o ano inteiro. Isso levou a um aumento impressionante de 16,5% nas ações da empresa.
Os investidores estarão focados no relatório de gastos do consumidor, um indicador chave da inflação para o Federal Reserve, nesta semana. A divulgação ocorrerá durante o feriado de Ação de Graças nos EUA, o que aumenta o interesse pelo setor de varejo. São os dados de consumo que podem fornecer aos mercados novas orientações em meio à incerteza.
O mercado continua em um estado de equilíbrio entre o otimismo de longo prazo e os riscos macroeconômicos atuais, buscando pontos de crescimento em um ambiente instável.
O índice S&P 500 demonstrou estatísticas impressionantes: 106 novos recordes nas últimas 52 semanas, sem uma única baixa. O Nasdaq Composite não ficou atrás, registrando 352 novos picos e 66 novas baixas. Isso indica um forte sentimento otimista no mercado, apoiado por boas notícias e otimismo dos investidores.
As bolsas americanas mostraram alta atividade: o volume de negociações foi de 16,69 bilhões de ações, superando significativamente a média dos últimos 20 dias de negociação, que foi de 14,93 bilhões de ações. O aumento no volume de transações indica confiança dos participantes do mercado nas perspectivas favoráveis.
No cenário internacional, o Índice Global de Ações MSCI subiu, enquanto os títulos do Tesouro dos EUA fortaleceram suas posições. Por outro lado, o dólar caiu, reflexo da reação positiva à escolha do novo Secretário do Tesouro dos EUA - os investidores aprovaram a candidatura do gestor de fundos Scott Bessent.
Os índices de ações dos EUA terminaram o pregão em alta, com o S&P 500 e o Dow Jones estabelecendo recordes intradiários. Essa alta está associada às expectativas dos investidores sobre cortes de impostos e cautela fiscal do futuro chefe do Tesouro.
A escolha de Donald Trump confirmou seu desejo de formar uma equipe de gestão focada simultaneamente em estimular os negócios e conter a dívida pública. Isso se tornou um sinal para os mercados sobre uma possível redução da incerteza.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram acentuadamente. Os participantes do mercado esperam que a política fiscal da nova administração seja mais moderada do que se previa anteriormente. Isso permitiu que os investidores mudassem seu foco para ativos de longo prazo, fortalecendo as posições em títulos.
Os mercados estão demonstrando otimismo cauteloso em resposta às decisões políticas-chave. Os participantes do mercado continuam esperando que a direção da política econômica dos EUA traga estabilidade e suporte ao crescimento atual.
O Secretário do Tesouro designado, Scott Bessent, delineou suas principais prioridades em uma entrevista ao Wall Street Journal: corte de impostos e gastos. Em outra conversa com a CNBC, que aconteceu antes de sua nomeação, ele mencionou planos de introduzir tarifas gradualmente, o que reforça sua abordagem equilibrada à política econômica.
"Bessent tem uma compreensão profunda de várias classes de ativos e ajudará Trump a equilibrar o impulso fiscal com uma sensibilidade cuidadosa aos mercados", disse Jim Paulsen, estrategista-chefe de investimentos do Leuthold Group.
No cenário global, o índice MSCI subiu 0,45%, alcançando 857,97. O índice europeu STOXX 600 também fechou o dia em alta, embora com um aumento modesto de 0,06%. Esses dados indicam um sentimento positivo nos mercados globais, apoiado por notícias dos Estados Unidos.
Nesta semana, abreviada nos Estados Unidos devido ao feriado de Ação de Graças, os participantes do mercado estarão focados em vários relatórios importantes:
Apesar de certa cautela nas últimas semanas, os traders esperam um corte na taxa de juros em dezembro. Esse movimento poderia apoiar os mercados diante da incerteza macroeconômica, impulsionando o otimismo dos investidores.
À medida que Bessent se prepara para seu novo cargo, suas declarações e planos econômicos definem o tom para o sentimento do mercado. Os investidores aguardam dados chave, além de sinais sobre quão flexível e pragmática será a nova política econômica dos EUA.
O mercado de títulos do Tesouro dos EUA começou a semana com uma queda acentuada nos rendimentos. O rendimento do título de 10 anos caiu 14,1 pontos base, para 4,269%, de 4,41% na sexta-feira. Uma tendência semelhante foi observada no segmento de 30 anos, onde o rendimento caiu 13,9 pontos base, para 4,4562%.
Os títulos de dois anos, mais sensíveis às expectativas sobre a taxa de juros, também mostraram queda. Seu rendimento caiu 10,5 pontos base, encerrando o dia em 4,264%, comparado a 4,369% na sexta-feira.
Diante das crescentes expectativas de afrouxamento por parte do Federal Reserve, o índice do dólar, que acompanha o dólar em relação a uma cesta de moedas principais, caiu 0,56%, alcançando 106,89 pontos.
A taxa de câmbio do euro subiu com firmeza, 0,74%, alcançando $1,0494. O dólar também perdeu força em relação ao iene japonês, caindo 0,37%, para 154,16 ienes por dólar. Essa queda reflete as expectativas cautelosas dos participantes do mercado em relação às ações futuras do Fed.
A dinâmica dos rendimentos dos títulos e a fraqueza do dólar indicam que as expectativas dos investidores estão se voltando para uma política monetária mais acomodatícia. Nos próximos dias, os principais motores do mercado serão a liberação de dados econômicos e os comentários que virão do Federal Reserve.
Os preços do petróleo caíram acentuadamente, mais de $2 por barril, após notícias de que Israel e o Líbano chegaram a um acordo para resolver o conflito envolvendo o movimento Hezbollah. Fontes em Israel, Líbano, EUA e França confirmaram o acordo, o que causou uma reação nos mercados de energia.
Os contratos futuros de petróleo dos EUA fecharam o dia com uma queda de 3,23%, perdendo $2,30 e parando em $68,94 por barril. Essa queda é devido às expectativas de diminuição dos riscos geopolíticos, que tradicionalmente sustentam preços altos para as commodities.
O benchmark europeu de petróleo, Brent, também sofreu pressão. O preço caiu 2,87%, equivalente a uma perda de $2,16, para $73,01 por barril no dia.
O acordo entre Israel e o Líbano aliviou as preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento de petróleo da região. À medida que as tensões geopolíticas diminuem, o prêmio de risco embutido nos preços do petróleo tende a cair.
A queda nos preços do petróleo pode sinalizar uma reavaliação dos riscos globais, especialmente se a estabilidade na região do Oriente Médio continuar a longo prazo. No entanto, os mercados estão atentos para avaliar a sustentabilidade dessas mudanças.
A principal criptomoeda do mundo, o Bitcoin, caiu mais de 2%, para $94.811,03, após uma impressionante alta para $99.830 na sexta-feira. Investidores que esperavam uma regulação favorável para o setor de criptoativos sob a administração de Trump ajustaram suas expectativas, sendo essa a principal razão pela qual ocorre a atual queda.
Os preços do ouro caíram acentuadamente, encerrando uma sequência de cinco semanas de alta. Notícias positivas sobre um possível cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, além da nomeação de Scott Bessent como Secretário do Tesouro, reduziram a demanda pelo metal precioso como ativo de refúgio.
A nomeação de Bessent, além de impactar o ouro, gerou uma grande entrada de capital nos Treasuries, fazendo seus rendimentos caírem. Nesse contexto, o dólar teve uma dinâmica mista.
A valorização do dólar canadense em relação ao peso mexicano gerou preocupações entre os investidores, que acreditam que esse movimento pode afetar negativamente a economia do México.
Em meio à valorização do dólar, a libra esterlina caiu 0,35%, para $1,2526. O dólar australiano sofreu perdas mais significativas, caindo 0,8%, para $0,6453.
Os mercados de ações asiáticos fecharam o dia em queda, mostrando fraqueza após os recordes recentes. O índice da Austrália (.AXJO) caiu 0,36%, não conseguindo manter os ganhos do dia anterior.
O Nikkei do Japão (.N225) perdeu 1,3%, ampliando sua tendência de queda em meio à volatilidade persistente. O KOSPI da Coreia do Sul (.KS11) também caiu, 0,4%, refletindo as tensões gerais nos mercados regionais.
Os futuros do S&P 500 caíram 0,3%, revertendo os ganhos da noite anterior no índice à vista na mesma proporção. No entanto, pelo lado positivo, o índice Russell 2000 de pequenas empresas (.RUT) atingiu um novo recorde histórico durante a sessão anterior, demonstrando a resiliência das empresas menores.
Donald Trump fez uma grande declaração, anunciando a introdução de medidas comerciais rigorosas desde o primeiro dia de sua presidência. Entre elas:
As declarações de Trump aumentam a incerteza nos mercados globais, gerando preocupações sobre o possível crescimento de barreiras comerciais. Os mercados asiáticos já reagiram a essa retórica com queda, e a atenção dos investidores se volta para possíveis medidas retaliatórias da China, México e Canadá.
Em meio a esses eventos, os participantes do mercado continuam a monitorar de perto a retórica da nova administração dos EUA, tentando prever as consequências para o comércio global e a economia.
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