Os mercados de ações tiveram alta na terça-feira, com o Nasdaq avançando mais de 1% e o S&P 500 também fechando em alta. Os índices foram impulsionados por ganhos expressivos de empresas de tecnologia, enquanto o Walmart ganhou terreno após elevar suas projeções para o ano.
Apesar do otimismo no setor de tecnologia, o índice Dow Jones encerrou o dia em leve baixa, em parte devido à redistribuição de interesse para ativos mais dinâmicos.
As ações da Nvidia (NVDA.O) dispararam 4,9%, atingindo US$ 147,01, liderando o crescimento em três índices principais. A empresa se prepara para divulgar os resultados trimestrais nesta quarta-feira, atraindo significativo interesse dos investidores. As expectativas são tão altas que estrategistas associam o evento à continuidade da alta das ações, sustentada pelo boom da inteligência artificial.
O setor de tecnologia do S&P 500 (.SPLRCT) avançou 1,2%, liderando os demais segmentos. Em meio ao crescimento geral, a Amazon.com (AMZN.O) se destacou, também apresentando dinâmica positiva.
"Os investidores estão agora inclinados a focar nos maiores players do mercado, especialmente considerando as tensões geopolíticas associadas à situação na Ucrânia. Isso pode parecer surpreendente antes da divulgação dos resultados da Nvidia, mas as megacaps oferecem muita liquidez", disse Timothy Chubb, diretor de investimentos da Girard, Univest Wealth Division.
O aumento das ações de tecnologia e as expectativas para a Nvidia continuam a definir o tom do mercado, atraindo a atenção de investidores grandes e privados.
A terça-feira foi marcada por contrastes no mercado financeiro: o Nasdaq Composite avançou 1,04%, fechando em 18.987,47, e o S&P 500 subiu 0,40%, encerrando em 5.916,98. No entanto, o Dow Jones Industrial Average recuou 0,28%, caindo para 43.268,94.
As ações do Walmart (WMT.N) subiram 3%, alcançando US$ 86,60, um recorde histórico para a empresa. O varejista aumentou pela terceira vez consecutiva suas projeções de vendas e lucros para o ano.
"O Walmart fez uma declaração forte com essas previsões", disse Quincy Crosby, estrategista global chefe da LPL Financial. Ele disse que a maior preocupação é o crescimento dos produtos de alta margem, o que é um sinal positivo para o mercado.
As ações da Super Micro Computer (SMCI.O) dispararam 31,2%, sendo um dos maiores destaques do dia. A fabricante de servidores para IA anunciou a BDO USA como sua auditoria e apresentou ao Nasdaq um plano para evitar a deslistagem, gerando otimismo entre os investidores.
A Netflix (NFLX.O) continuou a quebrar recordes, avançando 2,9% para fechar o dia em US$ 871,32. Foi o segundo dia consecutivo de máxima histórica, impulsionada pela notícia de que a luta de boxe entre Jake Paul e Mike Tyson foi vista 108 milhões de vezes, destacando o poder do conteúdo original da plataforma.
Embora o setor de tecnologia mostre forte crescimento, os ganhos de empresas como Walmart e Netflix evidenciam o interesse dos investidores em diversas oportunidades. Mesmo com a correção do Dow Jones, o mercado permanece otimista, de olho nos eventos-chave da semana.
O otimismo do mercado é alimentado por uma previsão ambiciosa dos analistas do Goldman Sachs: o índice S&P 500 pode alcançar 6.500 até o final de 2025. Essas expectativas têm sido um incentivo adicional para investidores interessados em avaliar as perspectivas de desenvolvimento da economia dos EUA.
Diante das previsões de mercado, as declarações de Donald Trump relacionadas à formação de uma nova administração estão atraindo atenção. Na terça-feira, o presidente eleito anunciou sua decisão de nomear o renomado médico Mehmet Oz como chefe dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid, além de propor o CEO da Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, como Secretário de Comércio.
Novos nomes para a lista de Secretário do Tesouro incluem o CEO da Apollo Global Management, Mark Rowan, e o ex-funcionário do Federal Reserve, Kevin Warsh. Essas nomeações ressaltam o desejo de Trump de se cercar de pessoas com experiência no setor corporativo e financeiro.
Os mercados acionários fecharam o dia com mais papéis em alta do que em queda na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), com uma proporção de 1,14 para 1. Além disso, foram registrados 172 novos máximos e 97 novos mínimos, indicando um sentimento positivo entre os investidores.
No Nasdaq, o desempenho foi ainda mais impressionante, com 2.459 ações subindo e 1.841 caindo, resultando em uma proporção de alta de 1,34 para 1.
Apesar das tendências positivas, o volume total de negociações nas bolsas dos EUA foi ligeiramente inferior à média. Foram registradas 13,94 bilhões de transações no dia, abaixo da média de 14,24 bilhões nos últimos 20 pregões.
Os mercados continuam a demonstrar resiliência, com as nomeações da administração Trump e as previsões do Goldman Sachs trazendo maior clareza sobre o futuro. Os investidores permanecem cautelosamente otimistas, acompanhando as notícias e avaliando as perspectivas de longo prazo.
Os mercados acionários globais subiram na terça-feira, apesar da volatilidade. Os investidores observaram com interesse as novas nomeações na administração do presidente eleito Donald Trump, o que aumentou as expectativas de mudanças econômicas. Um leve avanço no mercado de petróleo também contribuiu, impulsionado pela escalada das tensões globais.
A alta dos preços do petróleo, embora modesta, voltou a destacar o potencial de inflação, à medida que os investidores tentam avaliar o impacto das tarifas e cortes de impostos prometidos pela nova administração. Segundo analistas, essas medidas podem desencadear um aumento na inflação, o que limitará a capacidade do Federal Reserve de continuar cortando as taxas de juros.
"Já atingimos nossas metas para o S&P 500 e Dow, e o mercado atual está mostrando excelentes mecanismos para precificar mudanças futuras", disse Bill Strazzullo, estrategista-chefe de mercado da Bell Curve Trading. No entanto, ele enfatizou que o mercado de títulos será um grande teste para a agenda econômica de Trump, já que medidas como tarifas e reformas tributárias acarretam riscos inflacionários.
O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos caiu 2 pontos-base, para 4,394%. Isso mostra que os investidores continuam buscando um equilíbrio entre riscos maiores e ativos seguros.
O cenário na Europa foi menos otimista. O índice principal STOXX 600 caiu para 495,55, seu menor nível desde agosto. As negociações terminaram com queda de 0,45%, devido ao aumento das tensões geopolíticas, incluindo novos alertas da Rússia.
Enquanto isso, o índice global MSCI, que abrange mercados de diferentes países, subiu 0,42%, alcançando 849,15. Esse crescimento simboliza que, mesmo em meio à incerteza geral, os investidores ainda encontram oportunidades de investimento em ativos de risco.
Os mercados continuam apresentando uma dinâmica mista: de um lado, expectativas de inflação em alta e riscos geopolíticos; de outro, um sentimento positivo em relação às mudanças econômicas. Os investidores estão avaliando cuidadosamente suas estratégias para se preparar para qualquer cenário.
Os preços do petróleo fecharam o pregão com um leve aumento, superando as flutuações registradas pela manhã. Os futuros do Brent subiram simbolicamente, encerrando a US$ 73,31 por barril. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI) teve uma alta mais expressiva de 0,3%, encerrando o dia a US$ 69,39 por barril. Esses números refletem a resiliência do mercado em meio à instabilidade global.
O franco suíço valorizou-se 0,03% em relação ao euro, refletindo a demanda por ativos estáveis em meio às tensões geopolíticas. Enquanto isso, o índice do dólar americano, que mede seu desempenho frente a seis moedas principais, caiu 0,04%, encerrando a 106,18. Isso demonstra a busca dos investidores por um equilíbrio entre ativos de risco e defensivos.
O ouro continua em destaque como refúgio seguro. O preço do metal precioso subiu 0,76%, alcançando US$ 2.631,96 por onça, atingindo o maior nível semanal. Os futuros do ouro nos EUA também subiram, encerrando o pregão com alta de 0,6%, a US$ 2.631 por onça. A confiança nos metais preciosos aumentou em meio às mudanças na geopolítica global.
Segundo Michael Weidner, co-chefe de renda fixa global da Lazard Asset Management, os anúncios feitos pela Rússia pela manhã, sobre a revisão de sua doutrina nuclear, tornaram-se um importante catalisador para a atual volatilidade do mercado.
Os mercados continuam se adaptando ao desafiador ambiente geopolítico, encontrando pontos de crescimento em commodities e refúgios seguros. Essas tendências destacam que os investidores estão monitorando de perto os eventos globais para ajustar suas estratégias a tempo.
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